sexta-feira, 9 de maio de 2008

A VELHA E O ÓRFÃO. ( Um poema de Demétrio Scadelli-13/08/2007)

Eu tentei em vão calar minha Voz senil,
mas a Dor do Silêncio não quis assentar...
Quis sair, a velha sorrateira, com palavras mil,
De dentro do peito, que é seu lugar!

Comentário: -Volte, Indecifrável (Voz)! Miséria dos Miseráveis!

Quis armar corações com chamas iradas
e converter meu pesar em desilusão!
Porém, contra Tudo e pelas Razões erradas,
só fiz cavar mais chagas em meu Coração.

Comentário: Sou Eu, minha voz, velha sorrateira, que engano e por quem sou enganado!

Essa Voz que grita a Mentira e a Dor,
pronunciando maldades aos Ouvidos mudos (de nascença).
Empedra minha Mente, esfria meu Calor...
É uma Voz de ressentimento e mágoa!

Porque já É tempo de calar-se, Voz senil!
Deixe falar alto o Pensamento!

Comentário: Pensamento órfão, tão só! De que Puta és filho?